Curso ministrado pela Emater-DF visa a sustentabilidade das propriedades urbanas e rurais
Com o objetivo de agregar mais funcionalidades aos pequenos jardins ou agroflorestas produtivas, a Emater-DF está ministrando o curso Jardins Multifuncionais Sustentáveis aos produtores rurais do Distrito Federal. O segundo encontro ocorreu na manhã desta terça-feira (29), visando ampliar a sustentabilidade das propriedades urbanas e rurais.
A produtora rural Diana Schapo, que possui um jardim de mel, abriu sua propriedade – uma das unidades demonstrativas acompanhadas pela Emater-DF – e mostrou que é possível atrair abelhas sem ferrão para produção de mel, própolis e resina, tanto em áreas grandes como em áreas menores e até mesmo urbanas.
“Este curso não é apenas para o produtor rural, mas também para quem mora na área urbana”, afirma o extensionista rural e coordenador de Floricultura da Emater-DF, Carlos Morais. “As abelhas sem ferrão não oferecem risco à população, então não há impedimento de serem cultivadas em áreas urbanas. Ao contrário, elas são benéficas ao meio ambiente e ainda produzem mel, mas em pequena quantidade”, explica.
Sustentabilidade
Com uma carga horária de 16 horas, o curso foi dividido em quatro módulos. Cada um deles será ministrado em um encontro. No primeiro, os participantes aprenderam o que são os jardins multifuncionais e quais funções podem ser agregadas a ele, como flores e plantas medicinais, ornamentais, aromáticas e, ainda, flores e plantas alimentícias.
No encontro desta terça, os participantes conheceram a função sustentável de um jardim com foco na atração de abelhas sem ferrão. “Há plantas e frutíferas que só produzem se forem polinizadas, então a ação das abelhas contribui para o aumento da biodiversidade e para o equilíbrio daquele meio ambiente”, explica a agrônoma e extensionista da Emater-DF Gesinilde Radel.
Uma questão importante é que as abelhas sem ferrão não podem ser capturadas na natureza, de acordo com a legislação ambiental. Da mesma forma, não é recomendado trazer abelhas de outras regiões. “Essas abelhas são nativas da região. Quando você coloca a isca, ela atrai a abelha que é natural desta região”, explica Morais.
“Um jardim multifuncional tem a cara do dono”, diz Morais. “Se alguém gosta de cozinhar, seu jardim vai ter mais flores alimentícias. Se é uma curandeira, seu jardim vai ter mais medicinais. Mas todos podem ter vários tipos de flores para várias funcionalidades”, comenta o especialista.
E essa é a dica que ele dá para quem quer começar o seu jardim multifuncional. “Comece com as plantas do seu uso pessoal e aquelas que fazem sentido para você cultivar”, afirma. Segundo o especialista, há várias possibilidades comerciais e de uso da família que podem ser pensadas para cada jardim, de acordo com a realidade e a necessidade familiar.
O curso terá ainda mais dois encontros nas próximas terças-feiras, pela manhã. No dia 5, os participantes vão aprender sobre as plantas mais recomendadas para iniciar seu jardim. No dia 12, último encontro, será realizada uma visita ao Viveiro de produção de mudas da Novacap, onde os produtores rurais irão aprender como fazer mudas de plantas atrativas para abelhas.
*Com informações da Emater-DF
Agência Brasília* | Edição: Rosualdo Rodrigues