Este é o valor do almoço, por pessoa, nas 14 unidades espalhadas pelo DF. O café da manhã, servido em nove delas, custa R$ 0,50
Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
Os temperos são naturais. O cardápio variado, priorizando ingredientes da agricultura familiar, segue um planejamento nutricional elaborado por uma equipe de nutricionistas. São café da manhã e almoço ao custo de, respectivamente, R$ 0,50 e R$ 1. Só de janeiro a agosto de 2022, foram 6.614.176 refeições, alimentando, de segunda a sábado, milhares de pessoas nos restaurantes comunitários do Distrito Federal.
Após a chegada da pandemia, cada vez mais pessoas passaram a procurar as 14 unidades do programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que, em 2019, reduziu o valor do prato – custava R$ 2, – e ampliou de dois para nove o número de restaurantes que servem o desjejum além do almoço.
Em todo o ano de 2019, os 14 restaurantes comunitários serviram mais de 6,5 milhões de refeições. Esse número cresceu nos anos seguintes de pandemia – 7,1 milhões em 2020 e 7,9 milhões em 2021.
Quem vive em situação de rua e é referenciado pela equipe de Abordagem Social da Secretaria de Desenvolvimento Social come de graça nos restaurantes comunitários do DF. Nos oito primeiros meses deste ano, foram 184.703 almoços oferecidos a essa população. Em janeiro e fevereiro, a média mensal foi de 15 mil refeições. Em março e abril, subiu para 20 mil.
Satisfação
Moradora do Guará, a pensionista Milma Felice, 78 anos, frequenta o restaurante da Cidade Estrutural. Ela conta que há 12 anos “bate ponto” na unidade, onde gosta da comida e do atendimento. “Aqui é muito limpinho, o preço é atraente e sou muito bem-tratada. Evito consumir açúcar, e as meninas, sempre que tem, me dão um suco não adoçado. Amo de paixão”, diz, animada.
É possível conferir, no site da Secretaria de Desenvolvimento Social, o cardápio do mês dos restaurantes. Na Cidade Estrutural, tudo que é consumido é produzido lá dentro mesmo, com exceção dos pães. O restaurante serve em média 2 mil refeições por dia, saltando para 3,2 mil nas sextas-feiras de feijoada.
“Aqui não tem nada que as pessoas não gostem. Não tem um dia de menor procura, tipo quando há dobradinha ou fígado de boi. Todo dia é dia de grande movimento”, conta a gerente da unidade, Alaíde Messias.
Qualquer refeição nos restaurantes comunitários do DF só pode ser paga em dinheiro, exceto no de Planaltina, que passou a aceitar também cartão bancário de todas as bandeiras nas modalidades de débito, crédito ou vale-refeição. Outra novidade é a possibilidade de usar o cartão de benefícios sociais, como o DF Social e o Prato Cheio.